Interveção de Lula na Petrobras e Vale afasta acionistas e gera prejuízo bilionário
- Núcleo de Notícias
- 14 de mar. de 2024
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Presidente da Petrobras defende Lula e diz que presidente tem "decisão soberana"

Agência Brasil/EBC
As recentes intervenções do governo Lula em duas das principais empresas brasileiras acenderam um sinal de alerta para investidores nacionais e estrangeiros. A tentativa de indicar um nome do governo para presidir a mineradora Vale (privatizada em 1997) e o corte no pagamento de dividendos da Petrobras levaram à inacreditável perda de R$ 104 bilhões em valor de mercado das duas companhias.
Apesar do ataque contra “o mercado” - mencionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em entrevista ao SBT - a informação real é de que a maioria dos investidores que decidiram vender suas ações não são de grande porte. De acordo com a B3, cerca de dois terços costumavam aplicar cerca de R$ 100 em papéis das empresas.
Nos bastidores, a investida contra o patrimônio da Petrobras tirou capital político do presidente da estatal, Jean Paul Prates, e transferiu mais poder para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. É quase certo que Haddad conseguirá emplacar o nome de Rafael Dubeux como membro do conselho administrativo da estatal.
"Prates passa o pano para o presidente"
Em pronunciamento realizado na quarta-feira (13), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a orientação para reter os dividendos extraordinários foi uma ordem expressa de Lula. A ordem - aparentemente, movida pela ignorância de que o governo federal é o maior acionista da Petrobras - foi avaliada por Prates como “exercício soberano” do presidente.
"É legítimo que o conselho de administração se posicione orientado pelo presidente da República e pelos seus auxiliares diretos que são os ministros. Foi exatamente isso o que ocorreu em relação à decisão sobre os dividendos extraordinários", escreveu o dirigente.
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