Jornalista diz que EUA ajudaram TSE a interferir nas eleições de 2022
- Instituto Democracia e Liberdade
- 21 de abr. de 2024
- 2 min de leitura
Segundo Michael Shellenberger, a colaboração com o TSE envolveu aliados e militares próximos a Bolsonaro

Em um novo episódio da série de reportagens “Twitter Files Brazil”, uma postagem do jornalista norte-americano Michael Shellenberger no X revelou que agências de inteligência dos EUA e Inglaterra teriam colaborado com o projeto de censura do TSE e STF aplicado nas eleições de 2022 no Brasil
O artigo - publicado parcialmente na rede social (a rede tem a opção de assinatura) - Shellenberger destaca que esse suporte pode ter sido feito com unidades de espionagem especializadas e banimento de políticos de canais no YouTube, Facebook e antigo Twitter.
“Em muitos aspectos, o sistema de censura abrangente do Brasil é exclusivo do Brasil. O Complexo Industrial de Censura do Brasil está localizado no judiciário e não no poder executivo, como acontece na Comissão Europeia, e nos Departamentos de Defesa e Segurança Interna dos EUA e outras agências”, escreveu o jornalista.
Financial Times publicou matéria que admite interferência nas eleições
Conforme Shellenberger, as raízes da operação nasceram em 2018 e ganharam força nas eleições presidenciais dos EUA em 2020, vencida por Joe Biden. De acordo com a matéria, os norte-americanos teriam ajudado o Tribunal Superior Eleitoral a implementar o Election Integrity Partnership (Parceria para Integridade nas Eleições), fundado em 2020, como uma “coalização não-partidária envolvendo mídia, governo e sociedade civil” contra os “inimigos do processo eleitoral”.
O indício de interferência externa levantado pelo autor do Twitter Files Brazil corrobora com uma matéria do jornal britânico Financial Times, publicada em junho de 2023. De acordo com o jornal, o governo norte-americano teria atuado nas eleições brasileiras e mirado em políticos e militares – incluindo aliados próximos a Jair Bolsonaro – para “garantir a conclusão do processo democrático”.
A matéria original está disponível no site do Financial Times.
Commentaires