Venezuela acumula dívida bilionária com o Brasil enquanto governo Lula permanece inerte
- Núcleo de Notícias
- 23 de abr.
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Débito ultrapassa US$ 1,77 bilhão em 2025, e cresce mesmo após promessas de renegociação com Maduro

A dívida da Venezuela com o Brasil alcançou níveis exorbitantes, ultrapassando US$ 1,77 bilhão até o final de março de 2025 — o equivalente a cerca de R$ 10,37 bilhões, conforme a cotação atual do dólar. O dado mais recente indica um acréscimo de US$ 53 milhões apenas no primeiro trimestre deste ano, expondo não só a inadimplência do regime chavista, mas também a passividade do governo brasileiro diante da situação.
No fim de 2024, o montante estava em torno de US$ 1,71 bilhão. Em comparação com maio de 2023 — mês em que o ditador Nicolás Maduro foi recebido com honras oficiais em Brasília — a dívida já teve um salto de US$ 500 milhões. Naquela ocasião, o valor devido pela Venezuela era de US$ 1,27 bilhão, resultado de financiamentos para empresas brasileiras no âmbito de exportações.
Após o encontro entre Maduro e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi anunciada uma “mesa técnica de negociações” entre os dois governos, conduzida entre julho e setembro de 2023. O então ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o objetivo era reprogramar o pagamento da dívida. No entanto, as promessas diplomáticas se mostraram inócuas: a dívida venezuelana não apenas não foi quitada, como seguiu em ritmo crescente.
Em maio de 2024, o débito chegou a quase US$ 1,6 bilhão. Em julho, subiu mais US$ 75 milhões. Entre agosto e dezembro, um adicional de US$ 39,7 milhões foi incorporado ao total. A tendência de crescimento continuou nos meses seguintes, sem qualquer reação efetiva por parte do governo federal.
Economistas e parlamentares têm expressado crescente preocupação com a leniência do Palácio do Planalto diante de uma dívida que impacta diretamente os cofres públicos. O silêncio do governo Lula, mesmo diante de um prejuízo bilionário, levanta sérias dúvidas sobre os critérios de política externa e a responsabilidade no trato com recursos do contribuinte.
Enquanto isso, a Venezuela segue se beneficiando da complacência brasileira, sem apresentar qualquer perspectiva concreta de pagamento. A ausência de pressão política ou medidas práticas por parte do Itamaraty e do Ministério da Fazenda reforça a percepção de conivência ideológica com o regime bolivariano — em prejuízo dos interesses nacionais.
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